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Herpes genital e preenchimento íntimo dos grandes lábios: quando indicar profilaxia antiviral?


herpes genital feminina

Tem herpes genital e quer fazer preenchimento íntimo dos grandes lábios? Entenda riscos, quando é indicada profilaxia antiviral, quais remédios usar e como se preparar com segurança.


Por que este tema importa

O preenchimento íntimo dos grandes lábios com ácido hialurônico é um procedimento minimamente invasivo que repõe volume, melhora a hidratação da pele e pode reduzir desconforto por atrito. Em pessoas com histórico de herpes simples, qualquer trauma controlado na pele tem potencial de reativar o vírus. Por isso, planejar a profilaxia antiviral pode reduzir o risco de surto no pós-procedimento. Evidências e diretrizes de dermatologia e infectologia dão suporte a essa conduta, sobretudo quando há procedimentos estéticos que irritam a pele, como lasers e peelings, e por extensão em procedimentos injetáveis quando o histórico é positivo para HSV.

Quem é candidato ao preenchimento íntimo

  • Lipoatrofia ou “esvaziamento” dos grandes lábios por envelhecimento, emagrecimento ou pós-parto

  • Flacidez e perda de turgor com maior exposição dos pequenos lábios

  • Assimetrias leves ou sequelas discretas após ninfoplastia

  • Desconforto com roupa por atrito devido à falta de coxim gordurosoComplicações possíveis incluem equimoses, edema e, raramente, reativação de herpes. A literatura de preenchimento com ácido hialurônico cita o HSV como evento possível após injetáveis, embora incomum.

Herpes genital e procedimentos estéticos: o que sabemos

Estudos clássicos em dermatologia mostram que procedimentos de maior agressão cutânea, como laser de CO₂, Er:YAG, peelings e dermoabrasão, têm risco aumentado de reativar HSV. Nesses cenários, a profilaxia com valaciclovir reduziu significativamente reativações quando iniciada antes do procedimento e mantida por alguns dias a duas semanas.

Para injetáveis como o ácido hialurônico, a incidência de reativação é baixa, mas descrita. Em pacientes com histórico positivo de HSV, principalmente com recidivas frequentes ou surto anterior pós-procedimento, muitos especialistas adotam profilaxia curta ao redor do ato.

Quando indicar profilaxia antiviral

A profilaxia costuma ser recomendada se houver:

  • Histórico de herpes genital na região a ser tratada

  • Reativações frequentes ou surto anterior após procedimento estético

  • Procedimentos combinados ou mais extensos na área

  • Imunossupressão, diabetes descompensado ou outros fatores de risco

Se houver lesão ativa ou pródromo (ardor, formigamento), o procedimento deve ser adiado e tratado como episódio recorrente. Diretrizes do CDC orientam terapia episódica nesses casos.

Esquemas usados na prática clínica

As doses abaixo são baseadas em estudos e diretrizes para prevenção em laser e para tratamento episódico, adaptadas ao contexto peri-procedimento. A escolha final é médica e individualizada.

  • Valaciclovir 500 mg, 2 vezes ao diaIniciar 24 a 48 horas antes do procedimento e manter por 3 a 5 dias após. Em pacientes de maior risco, alguns protocolos estendem por 7 a 10 dias com boa efetividade demonstrada em resurfacing.

  • Alternativa breve baseada no CDC para episódios recorrentesValaciclovir 500 mg 2x/dia por 3 dias ou 1 g 1x/dia por 5 dias iniciando no dia anterior. Vem de esquemas consagrados de terapia episódica, usados como profilaxia curta no entorno do procedimento.

  • Aciclovir 400 mg, 2 vezes ao diaIniciar 2 dias antes e manter 7 dias quando valaciclovir não está disponível. Padrão descrito em guias práticos de cosmética.

Observações importantes

  • Quem usa supressão diária crônica pode manter o esquema e, em alguns casos, aumentar a dose durante 3 a 5 dias após o procedimento, a critério médico. Evidências também mostram que 1 g diário reduz eliminação viral.

  • Ajustar doses em insuficiência renal e revisar interações medicamentosas. Consulte bula e monografias oficiais.

Preparação para o procedimento

  • Avaliação clínica completa e fotos padronizadas

  • Tratar previamente foliculites e dermatoses ativas

  • Evitar banheira, piscina, roupas muito apertadas e relações sexuais por 3 a 7 dias após, conforme orientação profissional

  • Entender que preenchimento íntimo é uso off-label de preenchedores. Garantir consentimento específico


Perguntas frequentes


Tenho herpes. Posso fazer preenchimento íntimo dos grandes lábios?Em muitos casos, sim. Se você tem histórico de HSV, o profissional pode indicar profilaxia antiviral para reduzir o risco de reativação. Se houver lesão ativa, o procedimento será adiado até resolução.


A profilaxia é sempre necessária?Ela é mais indicada para quem já teve herpes na região, tem recidivas frequentes, realizou procedimentos combinados ou possui fatores de risco. Para quem nunca teve HSV, a decisão é individual.


Qual remédio é usado e por quanto tempo?Os esquemas mais usados são valaciclovir ou aciclovir, começando 1 a 2 dias antes e seguindo por alguns dias após o procedimento. O esquema exato é definido na consulta.


Qual é o risco real de o herpes voltar?Para injetáveis, a reativação é rara, mas possível. Em lasers e peelings profundos o risco é maior, por isso os estudos de profilaxia vêm principalmente dessas áreas.


E se, mesmo com profilaxia, aparecer um surto?Trata-se como episódio recorrente com antivirais orais por curto período, conforme as diretrizes. Quanto antes iniciar, melhor.


Sinais de alerta para adiar o procedimento

  • Vesículas dolorosas ou feridas na região

  • Dor desproporcional, sangramento inexplicado ou lesão suspeita

  • Dermatose inflamatória em atividade

Nesses casos, prioriza-se diagnóstico e tratamento antes de qualquer intervenção.

Conclusão

O preenchimento íntimo dos grandes lábios pode melhorar conforto, contorno e autoestima. Para quem tem histórico de herpes, incluir a profilaxia antiviral no planejamento é uma medida simples que ajuda a manter o pós-procedimento mais seguro. Converse com um profissional habilitado para avaliar seu histórico, ajustar doses e definir o melhor momento para o seu procedimento.


Aviso importante: este conteúdo é informativo e não substitui consulta médica. A prescrição de antivirais exige avaliação individual, ajuste por função renal e análise de interações.


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